A REGENTE E A LUTHIER

 

Manifestando a vontade da Alma, em buscas e talentos a desenvolver...

Descobre na mais bela música o meio de reger e aplica a si mesma...

Sacrifício e Renúncia são os acordes...

Paciência, Trabalho e Amor são os timbres..

Aliada à Regente, essa alma guerreira, se encontra sua fiel Luthier...

Unidas pela música que manifesta a essência do Ser...

Se intitulavam apenas aprendizes, mas a vida tem outros chamados...

Mal sabiam elas que, juntas seriam agora: Regente e Luthier.

Chegaram, instrumentistas que não sabiam que eram,

Trabalharam arduamente, vencendo dificuldades, dores, lágrimas...

Uma despertando os talentos dos instrumentistas,

a outra consertando e afinando instrumentos para a grande apresentação.

Uns se foram, outros permaneceram, outros chegaram...

E, no chamado da vida à música da alma, elas continuaram...

Novamente dificuldades surgiam, instrumentistas divergiam,

O Pianista dizia ser ele o mais importante e queria ser solista.

O Violinista queria ser o protagonista porque dizia produzir timbres mais aveludados;

o Harpista; o Trompetista...e assim por diante, todos os instrumentistas queriam um lugar...

A Regente e a Luthier redobraram a Paciência, o Trabalho e o Amor,

compreendendo o momento em curso, a necessidade das diferenças

e que a música da alma não poderia parar...

Refazem o caminho, ano após ano, incansáveis, sem queixas,

no esquecimento de si mesmas em frase sempre citada:

"VIBREMOS NUM DIAPASÃO DE AMOR"

 

A obra precisava continuar;

Eis que um dia a casa abre!

O palco se ilumina; A plateia atenta silencia;

As cortinas se abrem e o olhar vislumbra o palco vazio.

A música ao qual falavam elas, agora toca mais profundo nessas almas,

lágrimas harmônicas expressam a mais bela melodia.

Os instrumentos são deixados de lado; a orquestra, agora plateia, se levanta,

toca um concerto através das palmas, intituladas:

 

GRATIDÃO.

Nosso eterno Amor e Gratidão às nossas mestras:

Regentes

Erotildes Silva dos Santos e Luthier Eneyda